Maria da Penha
"Maria... Mulher de Atitude!
Que certo dia deu basta à situação de humilhação e subserviência em que vivia.
Maria... Mulher de Coragem!
Que resolveu ouvir a voz da razão dizer-lhe:
- Maria, não se conforme, vá à luta e lembre-se... Você é gente!
Maria... Mulher de Ousadia!
Que não querendo mais sobreviver, opta por erguer a cabeça e viver dignamente.
Maria... Mulher de Fibra!
Muito mais forte que o sisal, tecida, entretecida e enrustida com os encantos e os desencantos da vida.
Maria... Mulher de Exemplo.
Para as mulheres do planeta, que no século XXI, ainda vivenciam torturas e agruras, numa sociedade contemporânea, tipicamente patriarcal... Medieval.
Maria... Mulher Brasileira!
Nordestina. Que com garra e sensatez, decidiu não mais cruzar os braços, diante da impunidade, mudando assim, o destino de outras Marias... Companheiras!
Maria... Mulher da Penha!
Como rocha cristalina... De peso, dureza e resistência que, semelhantemente, ao diamante
transformou-se em jóia de rara beleza e valor...
Em Lei. Na Lei Maria da Penha."
(por Lana Maria Alpino)
Maria da Penha Maia Fernandes é uma biofarmacêutica brasileira, que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado.
Em 1983 seu ex-marido, o professor universitário colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou contra ela, simulando um assalto, e na segunda tentou eletrocutá-la. Por conta das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica. Nove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Solto em 2002, hoje está livre.
Com 61 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.
Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada pelo presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva a Lei Maria da Penha, na qual há aumento no rigor das punições às agressões contra a mulher, quando ocorridas no ambiente doméstico ou familiar.
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