Mulheres que exercitam excessivamente os glúteos em busca de um bumbum perfeito estão mais sujeitas a apresentar o que os ortopedistas chamam de Síndrome do Piriforme - ou, em uma acepção mais leiga, "Síndrome do Bumbum Sarado". É uma patologia pouco comum, mas que tem uma incidência aumentada em mulheres entre 20 e 50 anos que malham com muita intensidade os músculos da região das nádegas e coxas.
A Síndrome do Piriforme é o resultado do encarceramento do nervo isquiádico, ou ciático, como é mais conhecido, pelo músculo piriforme, na sua saída da pelve para a região glútea. O piriforme é um músculo em forma de pêra que se situa na região do quadril. Quando cresce muito, ou seja, é hipertrofiado, o piriforme comprime e inflama o nervo ciático, o que provoca muitas dores e complicações. Em academias, deve haver muitas mulheres que sofrem da doença sem saber. Elas só se dão conta quando o problema se agrava.
A "Síndrome do Bumbum Sarado" ainda é muito mal diagnosticada e sua prevalência, de acordo com o ortopedista, deve estar subestimada. "Muitas pessoas e mesmo médicos confundem a Síndrome do Piriforme com outros problemas do quadril", afirma o especialista. O diagnóstico deve ser feito por intermédio de exames clínicos, associados, dependendo do caso, a exames complementares como ressonância magnética, ultra-sonografia, radiografia e eletroneuromiografia. A doença costuma ser confundida com bursite, lombalgia, tendinite dos flexores da coxa e ciatalgia.
Os sinais clínicos mais comuns da Síndrome são: dores nas nádegas próximas ao fêmur quando se caminha e se interrompe a caminhada de repente; dores provocadas por movimentos simples como se levantar e se sentar; dores ao se esticarem as pernas na posição deitada; dores ao se praticar uma atividade física mais intensa; e atrofia glútea, dependendo da duração dos sintomas. As dores podem aumentar até chegar ao ponto de incomodarem durante o sono, mesmo com a pessoa deitada, em repouso, conta o especialista.
O tratamento da Síndrome do Piriforme inclui analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia, injeção local de de anestésicos e corticóides, injeção de botx, massagem transretal e, nos casos mais graves, cirurgia. A Síndrome do Piriforme não costuma ser tratada adequadamente devido às dificuldades de diagnóstico. Com o crescimento vertiginoso do número de praticantes de esportes e de exercícios e com a "culto do bumbum perfeito", muito forte em nossa cultura, a doença tende a atingir um número cada vez maior de mulheres, alerta o especialista.
Fonte: Saúde Esportiva
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Um comentário:
Obrigada pelas informações sobre pump up
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